segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Quatro jovens morrem e dois desaparecem após tromba d'água repentina durante rapel em cachoeira

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Quatro jovens morreram e dois estão desaparecidos após serem atingidos por uma tromba d'água em uma cachoeira de São João Batista do Glória, MG, no sábado (22). Pelo menos um deles estava no grupo de amigos que fazia rapel na Cachoeira do Zé Pereira, quando o trecho foi atingido pelo água. O segundo desaparecido nadava no local.

 

Os corpos de outras quatro pessoas foram encontrados neste domingo (24). Todos já foram identificados. Morreram no incidente:

Pollyana Diniz - 26 anos

Mariana de Melo Horta - 23 anos

Maurílio Pádua Silveira - 30 anos

Alexsandro Antônio Pereira de Souza - 32 anos 

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cachoeira

Pelo menos quatro pessoas desciam um paredão, utilizado para rapel, em um local de difícil acesso, que fica no bairro rural das Palmeiras. Outras três navadam na cachoeira - um homem conseguiu escapar e pediu socorro.

 

O primeiro corpo encontrado foi o de Mariana, que fazia rapel. Os corpos de Maurílio e Alexsandro, que também estavam no rapel, foram localizados em seguida - eles haviam sido arrastados por cerca de 300 metros abaixo do topo da cachoeira. Foi preciso içar os corpos, com a ajuda de um helicóptero, até um terreno. Depois, os bombeiros encontraram Pollyana, que nadava na cachoeira. O corpo dela foi localizado no Ribeiro Capetinga, às margens de uma fazenda na zona rural. A vítima foi arrastada por cerca de 1500 metros.

 

De acordo com amigos, ela estudou na PUC-Campinas e morava na cidade paulista desde os tempos de faculdade. Pollyana começou a ser velada às 6h, em Passos (MG). Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Passos. Não há informações sobre o enterro das vítimas. As buscas aos desaparecidos foram retomadas na manhã desta segunda-feira

 

Acesso proibido

Em entrevista à repórter Graziela Fávaro, da EPTV, afiliada da Rede Globo, o dono da área onde fica a Cachoeira Zé Pereira, afirmou que a entrada é proibida. Próximo à cachoeira, há dois anos, foi instalada uma placa que indica o ponto de propriedade particular, com acesso restrito. "[O turista] Vai só entrando. Se por arame, eles picam, não respeitam. Eu sei que é perigoso. Mas eles são conscientes do perigo e não respeitam", explica Osmar Batista.

 

Buscas

A primeira informação era de que apenas uma mulher estaria desaparecida após a chuva no fim da tarde de sábado. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelas famílias e começou as buscas logo depois, mas o trabalho teve que ser interrompido devido à falta de claridade com a chegada da noite.

 

Logo no início da manhã de domingo, no entanto, o corpo da mulher foi encontrado. Depois, já por volta de meio dia, as demais vítimas começaram a ser localizadas. Os bombeiros trabalharam até as 18h de domingo em busca dos últimos dos desaparecidos. Os trabalhos tiveram apoio de um helicóptero, que foi dispensado após risco de novas chuvas no local. G1Vídeo logo abaixo:

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