Com o aumento dos casos de dengue e chikungunya nos últimos dois meses, em Vitória da Conquista, a Prefeitura intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. Uma nova ferramenta adotada para ajudar nesse serviço foi o drone, que tem ampliado o olhar dos agentes de endemias nos locais onde eles não conseguem acessar – como reservatórios de água em cima de casas e prédios, terrenos baldios fechados, casas abandonadas, dentre outros.
O serviço, que é pioneiro no estado da Bahia, começou a ser operado no município no início deste ano e já foi sobrevoada uma área de cerca de 366 hectares, ou 3,66 km². Foram mapeadas áreas de algumas localidades que apresentaram altos índices de infestação do mosquito, dentre eles, os bairros Flamengo, Nossa Senhora Aparecida, Sumaré, Urbis VI, Santa Cruz e o distrito de São João da Vitória. Nesses locais foram encontrados mais de 500 focos do mosquito.
Com Informações do Vitória da Conquista Notícias
Agente de combate de endemias há mais de 20 anos, Rodinei Oliveira afirmou que o drone era o apoio que as equipes precisavam para melhorar ainda mais o trabalho. “Isso é muito bom pra gente e ajuda nas denúncias e identificação dos bairros que estão com uma incidência maior de notificações das arboviroses. O drone é muito eficaz, porque tem local que não tem como a gente subir e tem muitos tanques de alvenaria que, infelizmente, são abertos em construções antigas, em imóveis fechados ou abandonados, que são focos”, contou Rodinei.
O Centro de Controle de Endemias (CCE) também recebe denúncias de pessoas que relatam situações de risco vistas na vizinhança e o drone também é utilizado para fazer a averiguação desses locais. Denúncias já foram atendidas nos bairros Brasil, Ibirapuera e no Centro da cidade. “O drone tem ajudado os agentes a enxergar esses lugares que, muitas vezes, não tem como eles chegarem. Às vezes percebemos um número alto de notificações em uma localidade, mas não encontramos o foco de reprodução do mosquito para fazer o bloqueio e o drone nos dá essa visão aérea para que a intervenção possa ser feita diretamente no local do criadouro e, na maioria das vezes, são em reservatórios de água abertos”, explicou Gabriela Andrade, coordenadora do CCE.
A partir das imagens obtidas pelo drone, os agentes vão diretamente ao local abordar o proprietário do imóvel para fazer o tratamento da água ou a eliminação do criadouro. Em algumas situações, pastilhas de larvicidas são acopladas no drone e depois lançadas dentro do reservatório. As pastilhas se dissolvem na água e 40 minutos após o tratamento não há mais efeito tóxico ou prejudicial à saúde, caso haja utilização daquela água para consumo.
Mesmo com esse trabalho diário e contínuo dos agentes de porta em porta, e o apoio do drone, que fornece essa visão mais ampliada, o papel mais importante de eliminação do mosquito está nas mãos de cada cidadão, que deve manter o olhar atento em seus ambientes residenciais para eliminar qualquer acúmulo de água parada que favoreça o criadouro do mosquito. Caso necessite fazer denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti, entre em contato com o Centro de Controle de Endemias pelo (77) 3429-7419 para que os agentes possam averiguar.
// Secom-PMVC.
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