Covid-19: Reino Unido autoriza vacina da Pfizer e imunização em massa começa em uma semana

Anúncio foi feito pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock. Vacina da Pfizer exige baixíssima temperatura para o transporte.
O Reino Unido aprovou a vacina contra a Covid-19 das farmacêuticas Pfizer e Biontech, e prevê iniciar a vacinação na semana que vem. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2) pelo ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, que classificou a notícia como fantástica.
“No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à rede Sky News. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que a aprovação da vacina contra o coronavírus da parceria Pfizer e BioNTech vai resgatar vidas e a economia do país. “É a proteção das vacinas que vai finalmente nos trazer de volta às nossas vidas e fazer a economia andar novamente”, escreveu em uma rede social.
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O Reino Unido anunciou que um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde, ainda em 2020. Profissionais da saúde estarão entre os primeiros a ser vacinados – as campanhas acontecerão em hospitais, por conta do armazenamento do imunizante. A vacina da Pfizer e BioNtech precisa ser armazenada a -70ºC. No Brasil, o plano de imunização elaborado pelo Ministério da Saúde não prevê o uso de imunizantes que exijam baixíssimas temperaturas de armazenamento. Na terça-feira (1º), o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, disse que o governo brasileiro deseja um imunizante que possa ficar armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC, pois essa é a temperatura da estrutura usada no sistema de vacinação brasileiro.
Brasil não comprou vacina da Pfizer e BioNTech
As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram, no início de novembro, que sua candidata a vacina contra Covid-19, a BNT162b2, que está sendo testada no Brasil, é 95% eficaz na prevenção à doença, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Os dados ainda não foram publicados em revista científica. O Brasil ainda não fez acordo para adquirir a vacina, mas em meados de novembro, o governo brasileiro recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”.
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De acordo com um comunicado da Pfizer, os estudos da vacina analisaram 170 casos confirmados do novo coronavírus. Os testes também envolveram pessoas com mais de 65 anos e, a partir desta faixa etária, a vacina se mostrou pelo menos 94% eficaz. A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 95% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for. A farmacêutica destacou que todos os dados de segurança exigidos pela agência norte-americana de saúde, a Food and Drug Administration (FDA), para a autorização de uso emergencial foram alcançados. Com isso, a Pfizer entrou com o pedido de uso emergencial da sua vacina “em poucos dias” nos Estados Unidos. A empresa informou ainda que pretende produzir globalmente até 50 milhões de doses de vacina em 2020, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021. Em julho, os Estados Unidos fecharam acordo com os laboratório para comprar 100 milhões de doses ainda este ano pelo valor de US$ 1,95 bilhão. // G1.
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