segunda-feira, 9 de março de 2020

Trans abraçada por Drauzio Varella no Fantástico matou e estrangulou menino

trans

Segundo a publicação, ela foi condenada por estuprar e estrangular um garoto de 9 anos. Ela teria deixado o corpo da criança apodrecer em sua sala por 48 horas.


Susy tem tem como nome de batismo Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos e está presa desde 2010. Atualmente, ela cumpre pena na penitenciária localizada na cidade de Guarulhos, em São Paulo.

 

Processo

Segundo o processo, Suzy praticou “atos libidinosos consistentes em sexo oral e sexo anal com o menor Fábio dos Santos Lemos, que à época contava com apenas 9 anos de idade”.

 

Em sua sentença de maior condenação, a criminosa “matou e o ofendeu mediante meio cruel, consistente em asfixia, se valendo de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, haja vista tratar-se de criança, com mínima capacidade de resistência”.

 

Solidão

Durante entrevista, ela revelou que não recebia visita na cadeia havia oito anos. Para Drauzio, ela atribuiu a solidão a sua sexualidade e transição de gênero.

 

Comovido com o depoimento, Drauzio Varella deu um abraço em Suzy. O vídeo do momento de afeto viralizou nas redes sociais e, Suzy, em uma semana, recebeu mais de 230 cartas na cadeia.

 

No entanto, na sentença, uma tia da transexual afirma que a família não vai visitá-la em razão da crueldade do crime cometido.

 

“Ela cometeu um crime, evidentemente”

Doutor Drauzio gravou um vídeo e compartilhou nas redes sociais falando sobre a repercussão do caso. Ele disse que ficou comovido e, de forma espontânea, deu um abraço em Suzy.

 

“O que me chamou atenção foi a solidão. Os olhos dela me mostraram uma tristeza tão funda. Fiquei imaginando o quanto ela deve ter sofrido a vida inteira, com bullings, agressões”, disse.

 

O médico não esqueceu que Suzy cometeu um crime e falou que ficou assustado com as reações ao seu olhar humanizado pela situação das presidiárias. “Foi parar na cadeia porque cometeu um crime, evidentemente. Na hora nem pensei, foi um gesto, um impulso, mas isso teve uma repercussão absurda como se fosse algo inusitado abraçar um ser humano”, disse.

 

Drauzio também agradeceu a todos que se manifestaram dando apoio ao gesto de carinho. “Estamos vivendo um momento de violência generalizada, a violência urbana, a violência verbal, a internet com haters, que se odeiam, que xingam os outros, acho que é um momento muito triste. Eu interpreto essa repercussão toda porque duas pessoas se abraçaram”, finaliza.

 

“Sou médico, não juiz”

Na noite deste domingo (08), o médico voltou a falar sobre o tema e emitiu uma nota em que cita o juramento médico. Veja a íntegra.

 

“Há 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os meus princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”.


 

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