sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

DF: Laudo da polícia aponta presença de veneno de rato no corpo de professor morto dentro de escola

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Um laudo de perícia feito pela Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que o professor Odailton Charles Albuquerque Silva, de 50 anos, morreu após ser envenenado com raticida. Segundo o delegado Laércio Rossetto, da 2ª Delegacia de Polícia, foi encontrada no sangue e no vômito dele a substância aldicarb, que está presente no veneno de rato conhecido como chumbinho.


O professor foi internado no dia 30 de janeiro no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ele teria passado mal após tomar um suco de uva supostamente oferecido por uma colega no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 410 da Asa Norte, onde Odailton trabalhava há oito anos.

 

Na última terça-feira (4), o professor morreu, após cinco dias internado. Segundo a polícia, está descartada a hipótese de morte natural. No entanto, os investigadores afirmam que "o quebra-cabeças ainda está sendo montado".

 

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"As pessoas que nós ouvimos disseram que tinha um suco de uva na geladeira, mas esse suco não estava lá no dia do fato, segundo provas testemunhais. Um dos vigilantes que esteve o maior tempo com a vítima não relata o suco de uva. Estamos montando o quebra-cabeças", afirma o delegado.

 

Segundo o delegado, a vítima cita o suco de uva em áudios enviados a amigos (veja mais abaixo). No entanto, a colega que teria oferecido o líquido nega, assim como um vigilante, que disse ter visto o professor tomar dois comprimidos.

 

Substância tóxica

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A perita Flávia Pine Leite, do Instituto de Criminalística, afirma que a substância aldicarb é altamente tóxica, de efeito rápido e tem venda proibida. O material foi encontrado no vômito do professor, assim como no primeiro exame de sangue feito no hospital.

 

“A substância foi encontrada no vômito. É um indicativo que pode ter sido ingerido. Mas não podemos afirmar com certeza, só a investigação”, afirma o delegado Laércio Rossetto.

 

Além do aldicarb, os peritos também encontraram traços de relaxante muscular nos materiais biológicos de Odailton. No entanto, não foram localizados traços do suco.

 

De acordo com o delegado, o celular da vítima e de mais uma pessoa foram apreendidos. A colega que teria oferecido o suco ao professor também prestou depoimento. Rossetto afirma que a apuração do caso demanda cuidado.

 

“A investigação exige cautela. Temos pessoas sendo investigadas.” G1

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