Nas justificativas para a privatização da empresa, o Ministério da Economia aponta corrupção, interferências políticas na gestão e ineficiência, segundo o blog de João Borges, no G1
O governo federal deverá privatizar 17 empresas estatais, incluindo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, segundo afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem (20). Os nomes de todas as empresas, segundo ele, serão divulgados hoje (21). De acordo com o blog de João Borges, no G1, nas justificativas para a privatização dos Correios, o Ministério da Economia aponta corrupção, interferências políticas na gestão da empresa, ineficiência, greves constantes e perda de mercado para empresas privadas na entrega de mercadorias vendidas pela internet, o e-commerce. Como exemplo de ineficiência, os estudos feito pelo governo apontam o "elevado índice de extravio" e morosidade no ressarcimento dos produtos extraviados, além de indicar o rombo de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários, o Postalis. Além disso, o Postal Saúde, o plano que atende aos funcionários, tem um rombo de R$ 3,9 bilhões. Ontem, em evento com empresários, Guedes já havia afirmado que o governo iria "acelerar as privatizações" e reiterou a meta que deu ao seu secretário de Desestatização, Salim Mattar, de privatizar US$ 20 bilhões neste ano, e elogiou a fusão entre Embraer e Boeing. Para ele, o ideal seria fazer mais duas ou três fusões do tipo com outras empresas brasileiras. Ainda segundo Guedes, o governo tem conversado com países como Estados Unidos e China em busca de acordos comerciais. "Tem uma competição [mundial] para fazer negócio com a gente e estamos em alta velocidade. Vamos dançar com os americanos e com os chineses", disse. O ministro também afirmou que o governo pretende descentralizar recursos para aumentar os repasses a estados e municípios. Como contrapartida, deverá pedir a desvinculação das receitas de todos os entes federativos. Seriam desvinculados 280 fundos cujos recursos têm destinação específica.
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