quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Jovem tem pênis reconstruído 18 anos após órgão ser arrancado por cachorro

Procedimento foi feito no Hospital das Clínicas, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/ G1

Procedimento foi feito no Hospital das Clínicas, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/ G1

 

Um jovem teve o pênis reconstruído, em Salvador, cerca de 18 anos após o órgão ser arrancado por um cachorro durante um ataque.

A cirurgia foi realizada no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mais conhecido como Hospital das Clínicas. A unidade de saúde não detalhou quando o procedimento foi feito, mas informou que o paciente já teve alta médica e segue uma rotina normal.

De acordo com a assessoria do hospital, a cirurgia é inédita e recuperou todas as funções do órgão no jovem, incluindo a capacidade sexual.

O paciente, que não teve o nome divulgado, tem 18 anos. Segundo o hospital, o rapaz teve o pênis arrancado pela mordida de um cachorro quando ainda era um bebê de 8 meses.

O jovem mora no interior do estado e faz acompanhamento médico na capital desde a infância, segundo explica o chefe do setor de urologia do hospital, Ubirajara Barroso, que comandou a equipe na cirurgia.

O urologista contou que a cirurgia é complexa e deu sequência a um procedimento realizado no paciente quando ele estava entrando na adolescência.

“Quando o paciente tinha 11 anos, nós realizamos uma reconstrução, mas apenas com retalhos de pele, somente por razões estéticas e psicológicas. Na ocasião, foi o sexto o caso no mundo. Agora, sete anos depois, fizemos este procedimento inédito, que é a reconstrução do pênis com o tecido erétil que estava embutido na região perineal. Como resultado, o paciente tem um novo pênis capaz de realizar penetração”, disse Ubirajara Barroso.

O urologista ressalta ainda a importância da cirurgia para a área. Segundo ele, apesar de a cirurgia de reconstrução de pênis ter se desenvolvido nas últimas décadas, a reconstrução continua sendo um grande desafio do ponto de vista anatômico, funcional e estético.

“Esse procedimento abre espaço para que pacientes com tumores, amputações e problemas congênitos consigam passar pela reconstrução peniana e não só de forma estética mas devolvendo todas as funções do órgão”, descreveu Ubirajara Barroso.

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