Estudo aponta aumento da população idosa e queda no nº de nascimentos na Bahia
Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28), aponta uma queda no número de nascimento e aumento na população idosa da Bahia. De 2010 para cá, 23,6% da população tinha até 13 anos. Agora, esse número caiu para 19,1%. Em contrapartida, o índice de baianos com mais de 60 anos foi de 10,3% para 15,4%. Além disso, a população baiana cresce menos a cada ano. Na última década, o crescimento anual não chegou a meio por cento: 0,41%. O estado só ficou atrás do Piauí, que cresceu 0,27% por cento. Por outro lado, houve crescimento da população na região metropolitana da capital. Quatro municípios estão com os melhores índices do estado: Camaçari, que cresceu 1,84%; Dias D’Ávila, com 1,76%; Madre de Deus, que aumentou 1,72% e Lauro de freitas com crescimento de 1,71%. "Esse é um fenômeno que já vem acontecendo, não só com a Bahia, como com vários estados do Brasil. E está muito relacionado com esse nosso estreitamento da pirâmide. A natalidade está reduzindo desde anos anteriores e o reflexo disso é realmente esse crescimento ser gradativamente menor, até que ele chegue ao ponto de estagnação e posterior redução. Uma previsão de que em 2035 nossa população já comece a reduzir", explicou Gabriel Brandão, técnico do instituto. Segundo o IBGE, Maetinga é o município baiano com menor população do estado: são 3.161 moradores. O número, no entanto, é contestado pela prefeitura da cidade. "O senso de 2000 impactou negativamente nas estimativas de população do município. A gente entrou com uma ação civil pública, em face do IBGE, para tentar corrigir o erro", disse Clécia Ferraz, procuradora do município. O técnico do IBGE detalha que as contestações são comuns. "As contestações são muito comuns. Elas acontecem sempre, todo ano porque a questão da estimativa populacional está relacionada com critérios orçamentários das prefeituras. O processo dentro do IBGE funciona com um diálogo", disse. O coordenador de pesquisas especiais da Superintendência de Estudos Econômicos explica que, por enquanto, essa queda não tem impacto direto na economia. "Esse impacto na economia vai ser a redução de 69% para 59% da população total, em relação à população em idade ativa. Mas só em 2060 a gente vai ter essa queda", disse.
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