Após estrutura ser demolida, madeira substitui muro de escola em Piatã
A primeira audiência do caso do artista plástico morto em uma ação da Polícia Militar, em Candeias, na região metropolitana de Salvador, após o processo ser transferido do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para a Vara da Auditoria Militar do Estado, foi adiada. Ela seria realizada nesta terça-feira (20). Segundo a PM, a audiência vai decidir se os três policiais envolvidos na ação levam advertência, são demitidos ou presos. Ainda não há nova data para um novo procedimento. O G1 entrou em contato com a Polícia Militar para saber o motivo do adiamento, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O crime aconteceu há um ano e meio, quando Manoel Arnaldo dos Santos, de 61 anos, mais conhecido como Nadinho, foi baleado por policiais. Os familiares da vítima buscam repostas para o caso. Segundo o TJ-BA, os três policiais, identificados como Edvaldo Nunes, Leandro Xavier e Dinalvo dos Santos, foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio doloso (quando há intenção de matar). No entanto, no decorrer do processo, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) entendeu que não houve dolo na ação e reclassificou o crime como culposo (quando não há a intenção de matar), o que fez com que o caso fosse transferido para a Justiça Militar. Os três PMs, segundo a corporação, foram afastados das atividades na rua e seguem funções administrativas. Nadinho foi morto pela polícia dentro de casa durante busca por suspeito — Foto: Reprodução/Facebook Nadinho foi morto pela polícia dentro de casa durante busca por suspeito — Foto: Reprodução/Facebook Nadinho foi morto pela polícia dentro de casa durante busca por suspeito — Foto: Reprodução/Facebook Os familiares de Nadinho procuram repostas para a decisão do MP que entendeu que não houve dolo (intenção de matar) na ação. "A gente esperava que recebesse alguma resposta. Já tem uma ano e meio e não temos resposta. Está difícil viver esse tormento, de perder o nosso pai do jeito que foi. Saber que o Ministério Público desclassificou um crime que era doloso para culposo. Dói no nosso coração, porque confiamos no Ministério Público", disse Maraísa Marinho, filha do artista. "A gente a gente tem um crime desse doloso e ser desclassificado pelo Ministério Público que acreditamos que iria fazer a justiça e a gente quer saber da corregedoria cadê a nossa resposta. Eu fui lá na Corregedoria pedir uma resposta da promotora, que ela me esclarecesse o porquê dessa desclassificação, o porquê disso? ", perguntou Maraísa. Caso Quadros de Nadinho foram carregados durante protesto em Candeias — Foto: Juliana Almirante/G1 Quadros de Nadinho foram carregados durante protesto em Candeias — Foto: Juliana Almirante/G1 Quadros de Nadinho foram carregados durante protesto em Candeias — Foto: Juliana Almirante/G1 Nadinho foi morto em ação da Polícia Militar no dia 21 de abril do ano passado, dentro da casa onde morava e que usava como ateliê, em Candeias. Segundo testemunhas, os PMs chegaram ao local atirando. Ele foi atingido no braço e no peito. Conforme a Polícia Militar, os policiais disseram ter recebido uma denúncia de que suspeitos estavam em uma rua próxima à casa do artista, na Segunda Travessa 31 de Março, na casa 15. No entanto, os agentes foram até o endereço errado, na casa do artista, localizada na Primeira Travessa 31 de março, número 11. A versão dos policiais é de que o artista teria disparado, da janela, duas vezes contra os PMs, mas a arma teria falhado. Os policiais, então, dispararam contra ele, que não resistiu aos ferimentos e morreu. A família do artista, no entanto, contesta a versão da polícia. Diz que Nadinho não tinha arma e que era uma pessoa de bem. No dia 7 de junho do ano passado, os policiais envolvidos na ação participaram de um reconstituição do caso, solicitada pela Corregedoria da Polícia Militar, que também investiga o ocorrido na esfera administrativa. Quase um ano depois, em julho deste ano, saiu a decisão do Tribunal de Justiça, que transferiu o caso dos policiais militares envolvidos para a Vara da Auditoria Militar do Estado. Veja mais notícias do estado no G1 Bahia.
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