Eliedelson Possidônio, de 32 anos, estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) e foi transferido para Fortaleza, nesta terça-feira (9). — Foto: Cid Vaz / TV Bahia O sanfoneiro da banda cearense Sala de Reboco, Eliedelson Possidônio, de 32 anos, baleado durante ação da polícia baiana que também feriu a tiros a cantora da banda e causou a morte de uma dançarina, deixou o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, na manhã desta terça-feira (9). Conforme a família, ele será transferido em voo fretado para uma unidade de saúde particular de Fortaleza. Eliedelson foi atingido por um tiro na perna direita e sofreu uma fratura exposta grau três, com comprometimento vascular, na altura da canela. Ele estava internado no HGE desde o dia 6 de julho. Ele saiu da unidade da capital baiana por volta das 9h40 desta terça e seguiu para o Aeroporto Internacional de Salvador. A ação que deixou o sanfoneiro ferido ocorreu na madrugada do dia 5 de julho. Antes da ida para a capital baiana, ele ficou internado no Hospital Regional de Irecê. Ainda nesta terça, por meio de um vídeo exibido pela TV Bahia, o sanfoneiro falou sobre a ida para Fortaleza e afirmou que não há mais o risco de amputar uma das pernas. “Estou me preparando para a transferência. Meu quadro de saúde está estável. A parte crítica graças a Deus passou. Vim de Irecê para cá. Fiz uns exames que constatou que eu não vou perder a perna", disse Eliedelson.
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Eliedelson foi atingido por um tiro na perna direita e sofreu uma fratura exposta grau três, com comprometimento vascular, na altura da canela, e estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o dia 6 de julho. — Foto: Cid Vaz / TV Bahia
Vídeo flagrou ação
Vídeo mostra viatura perseguindo carro em que dançarina estava antes de ser baleada
BATV – Salvador
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Vídeo mostra viatura perseguindo carro em que dançarina estava antes de ser baleada
As imagens mostram o momento em que o carro que transportava os integrantes da banda cearense passa pela via em alta velocidade.
De acordo com o horário mostrado no visor da câmera, a passagem do veículo foi à 0h23. Cerca de 13 segundos depois, uma viatura da polícia segue, também em alta velocidade, atrás do carro que a banda estava, uma SUV de luxo.
As imagens mostram ainda que um mototaxista que está parado no local e um pedestre se assustam com a passagem da polícia. Os dois, junto com um segundo mototaxista, observam a passagem da viatura da PM.
Uma segunda viatura que estava parada na via antes mesmo do carro com os membros da banda Sala de Reboco passarem também segue atrás do primeiro veículo da polícia.
Segundo relato do dono da banda, Antônio Neto Rocha, mais conhecido como Toinho Produções, quatro integrantes do grupo - duas dançarinas, o sanfoneiro e a cantora - e o motorista estavam em um carro, quando o veículo foi atingido por tiros disparados por policiais militares que os seguiam.
Por meio de nota, a PM lamentou a morte de Gabriela Amorim e afirmou que o Comando de Policiamento Regional da Chapada (CPR) instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência.
A Polícia Militar também contou que uma guarnição da unidade flagrou um veículo modelo Hilux SW4, de cor preta, trafegando na contramão, no centro do município de Irecê, e iniciou o acompanhamento ao perceber que o motorista permanecia com uma direção perigosa.
Posteriormente, ainda de acordo com a PM, foi formado um bloqueio na altura da Rua 1º de Janeiro, mas o condutor não teria respeitado o alerta de parada, e um novo bloqueio foi estabelecido por equipes do 7º Batalhão, desta vez na Avenida Santos Lopes.
A PM afirmou que mais uma vez o veículo não obedeceu à ordem de parada, manobrando perigosamente pelo acostamento e dando continuidade à fuga pelo centro da cidade, em alta velocidade, transitando pela contramão.
Após o carro ter furado os dois bloqueios, os policiais atiraram contra o veículo e abordaram os ocupantes. A nota da Polícia Militar ainda destaca que garrafas de bebidas alcoólicas foram encontradas no interior do automóvel.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que equipes da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Irecê (14ª Coorpin) investigam as circunstâncias da morte de uma mulher e dos feridos.
O dono da banda cearense, entretanto, diz que o relato das vítimas contradiz a versão da PM. "Eles contam que a polícia seguiu eles com o carro apagado, sem o giroflex ligado, e em momento algum pediu que eles parassem o veículo", contou Antô
Caso
Dançarina morreu após abordagem policial na Bahia — Foto: Reprodução/Instagram
Os integrantes da banda estavam em Irecê, descansando do período de shows do São João. A última apresentação da grupo foi na cidade baiana de Jacobina, também no norte do estado, no dia 30 de junho.
Conforme explicou Antônio Rocha, os quatro integrantes foram até Lapão, cidade a cerca de 11 km de Irecê, para comer uma galinha caipira, prato tradicional nas cidades do interior da Bahia. Quando retornavam de Lapão, por volta de 0h30, ocorreram os disparos.
A dançarina Gabriela Amorim foi atingida na região do abdômen. Ela foi socorrida, mas morreu no hospital. Gabriela deixa um filho de seis anos.
Eliedelson teve fratura exposta grau três. — Foto: Arquivo pessoal
Homem deixou a emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), na manhã desta terça-feira (9). — Foto: Cid Vaz / TV Bahia
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